Hematologia em Foco

Diagnóstico e Tratamento para Mielofibrose

Diagnóstico tardio compromete alternativas de tratamento para o tipo raro de câncer

 

A mielofibrose, antes conhecida como mielofibrose idiopática crônica ou metaplasia mielóide agnogênica, é um tipo de câncer que afeta as células responsáveis pela produção de sangue na medula óssea que se desenvolve de maneira lenta.

A maior incidência deste tipo de câncer acomete em pessoas a partir de 60 anos. Como o paciente demora um tempo significativo para ser diagnosticado, isso prejudica muito as alternativas de tratamento e qualidade de vida.

Essas doenças se iniciam na medula óssea, quando as células-tronco que dão origem aos glóbulos vermelhos e glóbulos brancos se proliferam de maneira excessiva.

 

Com o passar dos anos, os pacientes com mielofibrose podem sofrer com sintomas que os tornam incapazes de seguir com suas rotinas de forma funcional

 

Como os principais sintomas são o cansaço sem causa específica, fraqueza, anemia, palidez, suor noturno em excesso, palpitações, falta de ar, emagrecimento, perda de apetite e dor ou desconforto no abdômen considerados comuns, em muitos casos até mesmo subestimados por profissionais da saúde.

Como único tratamento é o transplante de medula óssea e parte dos pacientes estão proibitivos para o tratamento, outras possibilidades terapêuticas, como a terapia-alvo, são necessárias para melhorar a condição do paciente.

O desenvolvimento lento da doença contribui para o descrédito e diagnóstico tardio

 

Para a Dra. Cristiana Solza, médica hematologista, mesmo quando o diagnóstico é rápido, os pacientes enfrentam problemas de acesso aos melhores tratamentos como o medicamento ruxolitinibe, uma terapia-alvo que permite uma melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes.

 

O principal objetivo do tratamento é reduzir o tamanho do baço, diminuir os sintomas, melhorar a contagem de células sanguíneas, reduzir os riscos de complicações e evolução da doença para leucemia mielóide aguda (LMA), que pode acontecer entre 5% e 10% dos casos.

 

Fonte: Folha de Vitória

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